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Due diligence é usado para verificar boas práticas ambientais do setor florestal na Amazônia


Com o objetivo de diminuir a insegurança no comércio da madeira da região Amazônica, a Associação da Cadeia Produtiva Florestal da Amazônia (Unifloresta) criou um modelo para atestar as boas práticas ambientais. A prática foi apresentada pelo advogado da associação Murilo Araújo no Painel Floresta e Consumo do evento Ideias Inovadoras para a Cadeia da Construção em Madeira, promovido pelo Núcleo da Madeira, em São Paulo.


Por meio da rastreabilidade móvel com evidências são coletados dados como guias de transporte, inventário dos maquinários, documentos de identificação de motoristas e caminhões, coordenadas geográficas, rotas de transporte e cadeia de custódia por meio de um aplicativo. A primeira parte inclui toda a verificação documental. A segunda, a rastreabilidade por meio de QR Codes nas toras. Além da rastreabilidade evidencial, o trabalho realizado pela associação passa por vistorias preventivas em serrarias, serviços de inteligência, due diligence nos locais, programa de verificação legal e manejo comunitário.


O resultado, segundo o advogado Murilo Araújo da Unifloresta, é que a madeira brasileira voltou a ter confiabilidade no mercado externo. No entanto, para ele, apesar dos avanços, o setor ainda enfrenta falta de capacitação, leis e normativas fora da realidade da produção, pluralidade de competências fiscalizatórias, corrupção, ausência de planejamento, excesso e abuso da autoridade.


O moderador do Painel Marco Lentini, consultor florestal, destacou que a rastreabilidade é irreversível para os negócios e para o setor florestal, não apenas para a Amazônia, mas também para as áreas plantadas. Na avaliação de Lentini, é preciso entender como as comunidades se inserem nessa cadeia e perceber que não se trata de uma competição entre nativas e plantadas. “É preciso discutir, mercado e multi produtos”, defendeu.


Valor para florestas plantadas


A experiência da exploração de florestas plantadas por pequenos produtores e serrarias em Santa Catarina foi apresentada aos participantes do evento pelo engenheiro florestal Marcelo Borges, da IBF Madeiras.


Para o profissional, o manejo adequado gera um maior valor para os produtores. Por meio do trabalho realizado na região, houve uma padronização dos produtos com a identificação de da origem da madeira, por qual serraria passou e como chegou ao cliente final. “A cultura de rastreabilidade se mantém ao longo da cadeia e passa a ser uma conversa sadia entre produtor, indústria e cliente final, já que o produtor participa do preço que fica acima do mercado”, explicou Borges, que destacou como um dos resultados a formação de uma cadeia próspera, na qual a relação mais importante é com as pessoas.


Essa visão da importância do manejo adequado para agregar valor à madeira também é compartilhada pelo engenheiro florestal Marcelo Ambrogi, da Ima Florestal. Segundo o engenheiro, para atingir uma boa produção é possível seguir dois caminhos: o manejo convencional com foco em multi produtos, volume principal e rotação mais longas; ou o intensivo, com foco na qualidade.


De acordo com Ambrogi, a produção de toras permite a geração e desenvolvimento de novas cadeias de produtos e negócios. “A cadeia de madeira sólida é a grande geradora de empregos. 54% dos empregos da cadeira florestal estão ligados à produção de madeira sólida e a qualidade da madeira está ligada ao diâmetro e ausência de nós”, exemplificou.


Fonte: Por Juliane Ferreira para o Portal Madeira e Construção (a jornalista viajou a convite do Núcleo da Madeira)

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